terça-feira, 12 de outubro de 2010

O príncipe e o mágico

Há muito tempo havia um jovem príncipe que acreditava em todas as coisas menos em três.
Ele não acreditava em princesas, ele não acreditava em ilhas, ele não acreditava em Deus.
O seu pai, o rei, disse a ele que estas coisas não existiam.
Como não havia princesas ou ilhas nos domínios do pai, e não havia sinal de Deus, o príncipe acreditou em seu pai.
Mas aí... Um dia o príncipe fugiu do seu palácio e foi para a próxima terra.
Lá, para a sua surpresa, de todos os lugares ele viu ilhas, e nestas ilhas, ele viu criaturas estranhas e complicadas que ele não teve coragem de dar nomes.
Enquanto ele estava procurando por um barco, um homem com uma roupa de noite aproximou-se dele perto da costa.
“Estas são ilhas?” Perguntou o jovem príncipe.
“Claro que são ilhas de verdade,” disse o homem vestido em roupa noturna.
“E aquelas estranhas e complicadas criaturas?”
“São todas autênticas e genuínas princesas.”
“Então Deus também deve existir!” disse o príncipe.
“Eu sou Deus,” respondeu o homem na roupa noturna, abaixando-se.
O jovem príncipe retornou para casa o mais rapidamente possível que ele pudesse.
“Então você está de volta,” disse o seu pai, o rei.
“Eu vi ilhas, eu vi princesas, eu vi Deus, disse o príncipe de forma repreendedora. O rei não se mexeu.
“Nem ilhas de verdades, nem princesas de verdade, nem um Deus de verdade existe.”
“Eu os vi.”, disse o príncipe.”
“Conte-me como Deus estava vestido.”
“Deus estava vestindo em uma roupa noturna.”
“As mangas do seu roupão estavam dobradas para trás?”
O príncipe lembrou que elas estavam sim. O rei sorriu.
“Este é o uniforme de um Mago. Você foi enganado.”
Nesta hora, o príncipe retornou a próxima terra e foi à mesma costa, aonde mais uma vez ele encontrou o homem vestido em uma roupa da noite.
“Meu pai, o rei, disse para mim quem você é.” disse o príncipe indignado.
”Você me enganou da última vez, mas não de novo. Agora eu sei que aquelas não são ilhas de verdade e princesas de verdade, porque você é um Mago.”
O homem na costa sorriu.
“É você que está sendo enganado, meu menino. No reino do seu pai, há muitas ilhas e muitas princesas. Mas você sob o feitiço do seu pai, então você não pode vê-los.”
O príncipe retornou para a casa. Quando ele viu o seu pai, ele o olhou dentro dos seus olhos.
“Pai, é verdade que você não é um rei de verdade, mas somente um Mago?”
O rei sorriu e dobrou as suas mangas para trás.
“Sim meu filho, Sou somente um Mago.”
“Então o homem na outra costa era Deus.”
“O homem na outra costa era outro Mago.”
“Eu devo saber a verdade, a verdade além da mágica.”
“Não há verdade além da mágica.” Disse o rei.
O príncipe estava cheio de tristeza.
Ele disse. “Eu irei me matar.”
O rei através da mágica fez com que a morte aparecesse.
A morte ficou parada na porta e reconheceu o príncipe.
O príncipe tremeu. Ele lembrou-se da linda, mas não real ilha e as não reais bonitas princesas.
“Muito bem então.” Ele disse, “Eu posso suportar.”
“Você vê meu filho,” Disse o rei,
“Você, também, agora começa a ser um mago.”

Do livro The Magus,John Fowles,Dell Publisher Co.,Inc.;pp. 499-500.

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